Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

DEFINITIVO/ INFINITIVO

Definitivamente
falar para quê
quando não apetecem as palavras
a quem as dirigimos?
Se temos que as usar
há que decidir num segundo
quem realmente  as merece
ou a quem devemos calar
o sentir do  nosso mundo.

Por isso evito falar
quando dentro de mim adivinho
quem não pretende escutar
as que escolho com carinho.
Entre as que prefiro usar
para dizer o que sinto,
a quem gosta de escutar,
ofereço  a forma mais bela
que a gramática me oferece:
o infinitivo de amar.
SS




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