Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 25 de julho de 2014

TEMPO ESPERADO

Há dentro de mim um tempo esperado
mas que nunca vejo chegar.
Convive comigo desde que nasci,
mas nos anos que passaram já
nunca nos encontrámos.
Por isso o não sei descrever.
Apenas o imagino
como um momento de paz.
um espaço de calma
e quase sem  gente,
apenas a suficiente para eu ser capaz
de não me sentir só.
Se, por acaso,
alguém encontrar por aí um tempo assim
e o quiser partilhar,
não se esqueça de mim.

SS

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