Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 22 de julho de 2014

EU

Hoje contei mais um dia entre muitos outros.
Foi mais um da longa lista de dias passados
apenas na minha própria companhia.
Não, não fujo de ninguém
nem me aflige ter gente por perto,
mas sabe-me bem um pouco de  solidão,
em dose necessária para pensar em mim:
Quem sou, de onde venho, para onde vou.
Isso exige-me  muita reflexão
e as pessoas distraem-me
e impedem-me de me ver tal como sou.
Um dia, talvez, consiga reconhecer-me.
Mas para tal a minha vida terá de sofrer uma viragem
que me obrigará a renascer.
Para o conseguir
precisarei de um novo sentido para o meu caminhar
mas, sobretudo, de um companheiro de viagem.


SS

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