Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 9 de outubro de 2013


Não sei porque partiste mais uma vez
sem me avisar
e no meio de um silêncio tão profundo.

Estranhei a tua ausência
se bem que saiba que o teu mundo
não cabe no tempo
e não tem lugar.

Mas dentro de mim,
e sem me avisares,
sei que irás regressar
porque sou para ti um porto de abrigo.

Enquanto espero,
a cada noite me visto de estrelas
e me deito sobre uma colcha azul profundo.
O meu brilho te guiara de novo para mim,
meu amor, meu amante, meu amigo.


SS

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