Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ESPERA



Para além do azul
havia ainda um outro azul
mais azul ainda.

Era o mar.

De longe ela olhava-o
esperando que alguém
viesse para a levar.
O tempo passou
e ninguém chegou.

Alheada, numa espécie de miragem,
não mais se mexeu
e continuou a esperar
cativa de um regresso
numa ponta de aragem.

SS

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