Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
quarta-feira, 3 de abril de 2013
REGRESSO DO SOL
Com o sol chegou-me a tua imagem.
Talvez tenha sido por me sentir acariciada
pelos fios de calor que me envolveram
como num abraço
e que me fizeram lembrar
os que me costumas dar
quando me tens só para ti.
Ando tão falha deles…
Terá sido por isso
que este inverno foi tão frio
e o céu chorou todos estes meses?
Esperemos um pouco mais…
até ao sol voltar a ser um amarelo radiante
e o céu se vestir todo inteiro de azul.
Então nada nem ninguém me prenderá.
Voltarei a ser gaivota livre,
solta de amarras e de temporais
que irá abandonar a praia da espera,
sítio escondido dos que sofrem,
e onde quer que estejas aí te encontrará.
SS
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