Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 27 de novembro de 2012


Longos são os dias
quando apenas nos ouvimos
e não nos vemos.             

Curtos são os dias
quando apenas nos vemos
e não nos ouvimos.  

Os primeiros são os da distância,      
em que as palavras se soltam
em bando desordenado
para nos fazer esquecer quanto o espaço nos separa.  

Os segundos são os da presença,
aqueles em que as palavras disfarçam a saudade
nos gestos, beijos e abraços que trocamos
para apagarmos quanto o tempo nos negara.

 SS

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