Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
O regresso a casa
Traz sempre coisas esperadas
como o pó nos móveis
por todo o lado,
a caixa do correio a abarrotar
com cartas, folhetos e jornais,
as sombras por todo o lado
e algum aparelho útil
que aproveitou o desuso
para avariar.
Mas sabe bem regressar…
É a cama e o sofá do costume
que esperamos abraçar,
as coisas que são só nossas
juntas para nos receberem:
os cheiros habituais,
os factos de todos os dias,
os vizinhos do café,
o porteiro e o elevador,
o autocarros e as gentes,
toda a rotina vulgar
em que assenta o nosso Estar.
Sabe sempre bem partir
mas mesmo bom é voltar!
GM
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