não são as palavras que pronuncias
nos momentos em que o corpo
fala mais do que a alma.
A essas prefiro chamar sensuais
porque é a carne que lhes dá sentido.
Vivem da excitação do momento
e raramente são originais.
Palavras de amor, de verdadeiro amor,
são as fortuitas.
Surgem de repente
e escorrem por mim
como se estivesses a beijar-me inteira.
Ouço-as nos teus sorrisos
que consigo adivinhar à distância.
Nascidas da saudade
crescem na emoção de um esperado reencontro.
A cada dia que passa circulam entre nós
como um vaivém de promessas a pagar.
Quando as pronunciamos?
Nunca o sabemos,
Nunca o sabemos,
mas para as ouvirmos
basta-nos falar.
SS
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