Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 21 de maio de 2012

ACORDAR DO AMOR

Quando acordei do amor
senti de novo o apelo do teu corpo
que pouco antes se tinha descolado do meu.
Procurei-te entre os lençóis.
A minha mão encontrou a tua
e atraíste-me com doçura
afogando-me de novo num longo abraço.
Mais uma vez perdemos a noção do tempo,
do dia e da noite,
da aurora e do ocaso.


E depois?
que nos interessa que o tempo passe
quando, atingindo o apogeu,
sentimos que nesse momento único
somos sempre só um
e nunca dois?

SS

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