Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 17 de abril de 2012

BOLETIM METEOROLÓGICO

Dizem os entendidos, amor,
Que amanhã a chuva vai parar
e o vento deixará de assoprar.


Mas hoje
os vidros da janela ainda têm lágrimas
e as pétalas das rosas do jardim
lembram pérolas a brilhar.

Há pouco o sol voltou por um momento
(um pouco a medo, é certo)
e o algodão das nuvens desfez-se em trapos
por onde um  azul celeste nos veio vigiar.

Vamos ter mais frio,
avisaram há bocado.

Nisso eu não confio!
No que respeita a temperatura
Previsões, amor,
Só mesmo a teu lado.
SS

IM. Bj

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