Definitivamente
não gosto do domingo.
Coisa de infância, talvez,
quando me impunham roupa impecável
para aparecer na missa e comungar, na minha vez,
perdida numa fila interminável.
E como o diziam dia santo
brincar era um desrespeito fatal:
não havia jogos nem encontros com amigos
fosse na rua ou no quintal.
Ficou-me até hoje esse desagrado.
Por isso acho o sábado um dia mais animado:
Posso fazer o que me apetece:
passear, ler, namorar,
descansar ou portar-me mal…
Sábado, sem a missa e sem trabalho,
é como se fosse a “terra de ninguém.
Por isso hoje não me vejam, nem me perturbem
e muito menos insinuem
que o que eu fizer neste dia é um pecado.
SS
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