Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sexta-feira, 4 de março de 2011
VOAR
Deixem-me voar
A terra impõe-se-me como as quatro paredes
De uma sala fechada
Onde por sítios invisíveis todos espreitam
A minha privacidade.
Voar permite libertar-me
Das amarras curiosas dos voyeurs
E até dos que não me vêm e por mim passam.
Voar leva-me a atingir o céu
Cujo azul me garante a imensidão da eternidade.
Nele não há lugar
Para grilhões, conversas frouxas
Ataques pessoais.
Lá não existe nada nem ninguém.
Por isso
Deixem-me voar.
Alcançar o céu e o azul
É a minha meta final
Para atingir o grau máximo
Da pureza e liberdade.
SS
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário