Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
RETRATO A SÉPIA
Nada em mim
faz supor
uma existência
pintada em cores garridas
contrastes fortes
ou artístico preto e branco.
Nem sequer
Tenho uma história para contar.
O meu quotidiano
É perfeitamente vulgar
Árido em sucessos
E se tem novidades
São as colhidas nos jornais.
Representável?
Talvez a ânsia de viver
E de atravessar o tempo
Sem olhar para trás.
Guardo o passado
Mas estou aberta ao futuro.
E porque estes meus conceitos
São algo de difuso
Entre a cor e a sua ausência
Para me definirem
Só desenhando-me a sépia.
SS
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