Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Apanhei um fio da tua história
e instalei-me nela 

sem pedir licença.
O teu silêncio
interpretei-o como permissão
para lá permanecer. 

Primeiro fiquei um pouco só
depois fui ficando, ficando.
e quase sem dar por isso
ocupei o teu espaço
e sem me tentar esconder
preenchi-o até ao fim. 

E o fio da tua história,
aquele que eu tinha puxado 
para ser parte de ti
envolveu-se todo em mim.


SS

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