Para a Manela Leal e a Inês que partiram esta semana
Primeiro foram os anos de convívio diário
de amizade
debate
fúria e cansaço
alegria e entusiamo
mas, sobretudo,
do bulício dos alunos
e da dinâmica da escola
que era uma segunda família.
Como em nossas casas
havia tarefas a fazer
num dever que nos tínhamos imposto
e que tentámos levar sempre a sorrir.
A pouco e pouco fomos desaparecendo.
Umas em busca de um repouso apetecido,
outras porque Deus lhes traçou destino diferente.
Contudo restou um elo entre quem ficou e quem partiu
e as nossas separações
nunca foram esquecimento.
Cabe agora mantermos a fé de que nos vamos rever um dia
num espaço que Deus reservou para a nossa eternidade
e onde perceberemos
que a nossa vida neste mundo
afinal pouco mais foi do que um momento.
IL
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