Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

FIM DE TARDE


O sol desceu devagarinho
espelhou-se na superfície do mar
e espreguiçou-se  no areal.
Na esplanada,
as vozes, que há pouco gargalhavam,
silenciaram-se
e ninguém mais se mexeu
para não perder a beleza
que o poente oferecia.
Ao meu lado
um casal beijou-se
e as gaivotas, como por vergonha,
voaram para longe
procurando o seu ninho.

Que pena, amor,
Não estares comigo nesse fim de dia.

SS

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