Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

AMAR NUM POENTE

Vem comigo,
mas vem em silêncio
para não estragar o momento
que, para mim, é o mais belo do dia.
O ruído das palavras desconcerta-o
e não quero nada que nos perturbe.
Desçamos até à praia,
vazia  para nós
porque esta hora
é minha, só minha,
e não a empresto a ninguém,
nem mesmo a ti.
Só te a deixo partilhar
porque és uma parte do plano
que tracei para nós dois:
o de te amar um dia
num poente à beira mar.

SS

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