Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 16 de julho de 2014

O NOSSO DIA

A cada manhã
agarro os fios de sol
e com eles teço uma teia
para te prender.
A cada noite
a lua ciumenta
desfaz fio a fio
todo o meu lavor.

Assim, resta-nos a tarde,
que não entra nesta guerra,
para nos reencontrarmos
e partilharmos o nosso corpo
entre beijos e juras de amor.


 SS

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