Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

CIRCUNSTÂNCIA PARA AMAR

Sabes, amor,
Há pouco pensei em ti
No nosso encontro sem sentido
E em tudo quanto vivemos
Desde aquela madrugada
Em que me descobriste do outro lado do mar.
Quanta coisa feita desde então a duas mãos que não se tocavam
Quantas ideias elaboradas num longe para além da distância
Quantos assuntos debatidos no silêncio das vozes
Quantas conclusões tiradas apenas por sintonia de pensares.

Tudo isto me faz crer que nem sempre o estar perto
É a mais perfeita circunstância para amar.


SS

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