Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O DIA A SEGUIR

O dia a seguir é o pior.
É o dia em que não queremos acreditar,
e em que ainda nem sentimos ausência
porque a proximidade da partida

alimenta a fé num possível regressar.

Mas no dia a seguir
começa a sentir-se a irrealidade
de uma vida igual à anterior.
Por isso o dia a seguir

é o primeiro de um tempo novo
erguido sobre memórias e vivido na saudade. 


SS

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