Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SAUDADES DE NÓS


Não sei porquê
Mas tenho saudades de nós,
das pequenas coisas vividas
num quotidiano que não existe,
das trocas de palavras
em conversas sem falarmos,
do cruzar  de olhares que nunca vemos,
da partilha de ideias que não revelamos.
 
Somos cúmplices do nada
indivíduos sem voz,
será por isso que tenho
tantas saudades de nós?
 SS

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