Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

GOSTO...

Gosto de te ver ao fim da tarde
quando o sol, prestes a partir,
para receber a lua
que se anuncia,
se veste de mil cores
antes de fugir. 

Gosto de te ver na alvorada
quando a lua, já cansada,  
para dar lugar ao sol,
mergulha no mar
tão de mansinho
que nem damos por ela se ocultar. 

Gosto de te ver sempre, amor,
quer de noite, quer de dia.
Que a lua tenha fases
ou o sol esteja a dormir ou acordado
nada disso me importa.
Sempre que me quiseres,
a cada vinte e quatro horas,
só tens mesmo que bater à minha porta.

SS

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