Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 11 de junho de 2013




Hoje não me apetece falar de amores,
felizes ou infelizes,
de ausências ou de saudades,
de lágrimas derramadas
pelos males do coração,
de fugazes abandonos
por crises de ciumeira,
de bilhetinhos de amor
que não chegam ao destino
por desvio ou distracção.


Não, hoje não farei nada disso.
Vou dedicar-me à leitura.
Sofrer tanto pelos outros,
os que amam ou desamam,
como se fosse eu a vítima
é tarefa que satura.


SS

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