Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 20 de março de 2013





Não me vieste ver hoje,
mas um pássaro que voava no jardim
assomou à minha janela
trazendo no bico uma flor
que pousou no varandim.

Bateu asas e voou
e da árvore onde pousou
ficou a olhar cá para dentro
como se esperasse um sinal.

Foi então que entendi:

como não pudeste vir,
a flor que ele deixara
foras tu que lha entregaras
para a trazer até mim.

SS

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