Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

PERDI A ALMA


Perdi a alma nos descaminhos do tempo
e das circunstâncias.
Por mais que a busque não a encontro
e já não recordo sequer como ela era.
Vivo sedenta da água de uma fonte a que não chego
e ávida do fogo que me aqueceu e se apagou.
Sem alma, sem água e sem calor
Sinto-me andorinha que se perdeu da Primavera.

SS

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