Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Primeiro levaram-me os teus olhos
depois o calor das tuas mãos
e o sabor do teu sorriso.


Depois, quando já só restavam as palavras
ditas na rapidez do afastamento
e já não entendidas
como quando as sentia a sair directas do coração,
uma luz nasceu
brilhou mais que todas as outras estrelas
e fez de nós um novo sol.


Percebi então que o nosso tempo não se tinha acabado
nem perdido.
Andava somente desviado.


SS

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