Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mesmo que não falemos
as nossas viagens não são silenciosas.
Não precisamos de sons
para comunicarmos,
basta olharmo-nos
para dizermos
tudo quanto queremos.
E por isso sabemos
o desfecho
dos segredos em nós guardados.
Quando os teus olhos vadios
me despem mesmo vestida
é uma mensagem cifrada
de quem está pronto para amar.
Poderei eu recusar?


SS

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