Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Lembras-te
das manhãs em que não acordámos juntos,
das tardes em que não nos encontrámos,
das noites em que não vimos as estrelas de mãos dadas?

Lembras-te
dos silêncios partilhados na distância
das palavras que proferidas nunca ouvimos
dos beijos desejados que não demos?

Tantos momentos perdidos!
Tanto que ficou por dizer!
Mas foi nesses silêncios escondidos
nessa impossibilidade de nos vemos
Que cresceu a nossa força de querer



SS

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