Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Dá-me a tua mão
E ensina-me o teu olhar.
Quero ver as coisas
Claras como tu.
Mostra-me o céu
Do teu imaginário
E o mar em que navegas
Quando repousas
Nesse teu silêncio
Tão profundo
Que apenas tu sentes
Mas não sabes explicar.
Dá-me a tua mão
E leva-me contigo
Num voo de gaivotas
Ou num rasto de corça,
Se preferires,
Mas não me deixes só.
Perderia as referências
Do meu sentir
E esqueceria
A capacidade de amar.
Tornar-me-ia
Uma árvore seca
Levada pela corrente
Que nunca encontraria a foz.
Estende a tua mão,
Assim
De mansinho
E guia o meu caminhar…
SS
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