Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 14 de novembro de 2009

Cada vez que diz: “gosto muito de si” 
É como se eu ganhasse um presente especial. 
Não que tenha dúvidas 
De que gosta de mim 
Mas porque, sendo raras as vezes Em que isso acontece, 
O faz de um modo especial, 
Brusco e quase envergonhado, 
Mas com um olhar de ternura tão intenso 
Que dissipa o tom pragmático da declaração. 
Por isso, amor, diga-o mais vezes 
Porque é no reviver desses momentos 
Que mitigo a dor da nossa ausência.
SS

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