Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
LONGE DE TI
Longe para mim
É quando sinto as gaivotas
Voarem em direcção ao horizonte
Que eu nunca alcançarei.
Longe para mim
É ver o bulício das folhas
Que o vento afasta de mim
E que nunca mais verei.
Longe para mim
É pensar
Na imensidão do mar
Que nunca atravessarei.
Longe para mim
É ver uma rosa
No alto de um muro
E que por isso nunca cortarei.
Longe para mim
É pensar em ti
Como ave que emigra
Perdida no bando que parte
E que se volta… não sei…
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