Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
segunda-feira, 9 de maio de 2011
TEMPOS PERDIDOS
Nunca me tentaste beijar
Na última fila de uma sala de cinema.
Talvez porque nunca fomos juntos ao cinema.
Nem me esperaste à porta da Liceu
Não por medo da reitora
Mas porque vivias noutro lado do país.
Pela mesma razão
Nunca nos encontramos em bailes de garagem
Onde nos embalávamos entre o blues e os rocks.
Vivemos o pesadelo da guerra
Sentindo saudades por outras pessoas
Que não um do outro.
Até nem nos conhecíamos….
Destas memórias desfiadas em espaços repartidos
Como lamento os nossos tempos perdidos
SS
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