Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

INVERNO

E os dias sucederam-se
como o  desfiar lento de um rosário.
O sol não deixou passar mais a chuva
e pintou o chão com mil pedaços de folhas já caídas.
Para nos lembrar que estamos no Inverno
abriu a porta do céu  ao frio
que aproveitou  logo para se instalar
e nos paralisar
ao escorrer pelos nossos corpos como um rio.

SS


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